NEONAZISTAS BRASILEIROS


Essa é a real


Nesta semana que passou a polícia de Curitiba finalmente prendeu uns babacas “neonazistas” que andaram colando uns cartazes com mensagens edificantes do tipo “vamos expulsar os negros” e outras pérolas pelas ruas da capital paranaense.

Queria ver esses babacas aqui pelo Nordeste, de preferência em Salvador e em São Luís. Será que eles manteriam o discurso de purificação da raça ariana? Vai saber...seria bem divertido presenciar um encontro destes...claro, a uma distância bem considerável.

É inadmissível existir racismo num país tão miscigenado como o Brasil. Claro que este país tem problemas sérios, muito sérios, mas a biodiversidade étnica presente por aqui faz deste povo especial. 

Tome o rock como exemplo. O rock n’roll teve sua origem no blues cantado por negros lá do Mississipi... e dizem que o pai do rock foi Elvis Presley...bem oportuno: ninguém diria isso de um negão como Little Richard ou Chuck Berry...ou Robert Johnson, bluesman da década de 30 com uma vida tão desregrada que faria corar os rebeldezinhos movidos a sucrilhos de hoje.

Só no Brasil pra ter neonazista em meio a essa mistura racial tão grande... e os caras admiram Hitler, por ter “tirado a Alemanha do buraco”. Os fins justificam os meios, eis o recado. E as chamadas raças inferiores justificam os meios empregados por Hitler e por outros tiranos.

Ou não tiranos. Muita gente chamada de intelectual e respeitada pelos baba-ovos andaram reforçando o mito de raça inferior em relação aos negros. Quer uma amostra? Então, lá vai...é uma galera do século XVIII e XIX... Segura:

DAVID HUME: O negro pode desenvolver certas habilidades próprias das pessoas, assim como o papagaio consegue articular certas palavras.


ETIENNE SERRES (anatomista renomado): Os negros estão condenados ao primitivismo porque têm pouca distância entre o umbigo e o pênis. (hummm....estes anatomistas...sei não...)

BARÃO DE MONTESQUIEU (pai da democracia moderna): É impensável que Deus, que é sábio, tenha posto uma alma, sobretudo uma alma boa, num corpo negro.


FRANCIS GALTON (pai da eugenia, método que tanto agrada George Bush e alguns dirigentes argentinos): Assim como um crocodilo jamais poderá chegar a ser uma gazela, um negro jamais poderá chegar a ser um membro da classe média.

E tem brasileiro nesta listinha edificante? Tem, sim, senhor. O baiano (!) Raymundo Nina Rodrigues foi um tanto sutil, mas deixou bem entendido:

“O estudo das raças inferiores tem fornecido à ciência exemplos bem observados dessa incapacidade orgânica, cerebral.”
Hoje o nome Nina Rodrigues é bem conhecido em Salvador: É o “IML Nina Rodrigues”. Apropriado.

Bom, voltando aos nazis brasileiros. O que fazer? Bom, quando o cara tem 20 anos e a cabeça forrada de subliminares de propagandas incentivando consumo e com certas ideologias já formadas, o jeito é o tratamento de choque: curtir um reggae em São Luís ou jogar uma capoeira na Bahia. Quem sabe assim o sujeito não arranja uma baiana, namora, casa e tem 2 filhos que verão, dentro de casa, que não há diferença de cor,credo ou estrato social quando o amor, o respeito e reconhecimento são muito mais importantes que idéias criadas por “intelectuais” sofríveis.

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